Abstract

O presente artigo discute como distintas normalidades são constituídas nos sujeitos com deficiência a partir das práticas de serviços de apoio à inclusão escolar. Para tanto, foram analisadas políticas públicas, em vigor de 1990 até 2015, que determinaram parte das condições para a realização da inclusão escolar no Brasil e que fazem referência ao estabelecimento de serviços de apoio considerados necessários para efetivá-la. Utilizou-se a ferramenta teórico-metodológica da normalização para as análises do arquivo de pesquisa, ancoradas no campo dos Estudos Foucaultianos em Educação. Os exercícios analíticos apontam para práticas de constituição de curvas de normalidades diferenciais que fragmentam o indivíduo com deficiência em pequenas curvas diagnósticas. O processo de fragmentação do sujeito com deficiência, efetivado por diferentes profissionais, permite muito mais que a identificação da deficiência. Este processo de fragmentação efetiva a indicação de pequenas normalidades que constituem esse sujeito. Dessa maneira, naturalizam-se variadas expressões da deficiência, contribuindo para o esmaecimento dos impactos na vida dos sujeitos que as possuem.

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