SATISFAÇÃO E EXPECTATIVA DE PACIENTES TRANSEXUAIS PRÉ-OPERADOS EM COMPARAÇÃO AOS PÓS-OPERADOS, COM RELAÇÃO À CIRURGIA DE REDESIGNAÇÃO SEXUAL

Abstract

Historicamente considerada como distúrbio mental, sendo desclassificada pela OMS em 2019, a transexualidade abrange 2% dos adultos brasileiros. A mudança de sexo envolve terapia hormonal e cirurgia, essa última podendo resultar em complicações impactadoras na qualidade de vida. Suporte e empatia dos profissionais de saúde influenciam a satisfação do paciente. Em relação à revisão sistemática da literatura, foi estudado sobre a satisfação e as expectativas da cirurgia de redesignação sexual em pacientes transexuais, comparando pré e pós-operados. A pesquisa envolveu 52 artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e CAPES, com 17 estudos dos últimos cinco anos selecionados, excluindo revisões sistemáticas, integrativas e metanálises. Constatou-se que a patologização da transexualidade limita o acesso à saúde aos transexuais. A literatura sobre expectativas pós-cirúrgicas é escassa, principalmente para mulheres trans. A busca por redesignação sexual relaciona-se à humanização do corpo e ao reconhecimento social de gênero. Termos inadequados, como "transsexualismo", prejudicam a discussão temática, sendo crucial uma abordagem acolhedora dessa população nos serviços de saúde. Dessa forma, reconhece-se a importância da cirurgia para o bem-estar de transexuais que a desejam, apesar das divergências sobre sua necessidade na melhoria da qualidade de vida. Destaca-se o foco do acompanhamento pós-operatório em questões sociais, emocionais e familiares, além de aspectos técnicos ou estéticos. Palavras-chave: Cirurgia; Paciente; Sexo; Qualidade de Vida.