Abstract

A arquitetura, na história da humanidade, apresenta-se vinculada à trajetória de vida dos seres humanos. A tipologia arquitetônica das instituições assistenciais, representam, nesse viés, documentos, testemunhos materiais dos convívios sociais de culturas e épocas distintas, cujo apagamento conduz ao silenciamento de importantes testemunhos. No caso dos hospitais de isolamento, sua destruição enterra também as vozes nunca ouvidas, que poderiam narrar as experiências de dor vividas nestes locais. Este é o caso do Sanatório Domingos Freire, primeiro sanatório da cidade de Belém, inaugurado em 1901 e demolido em 1959. Testemunho material silenciado, o espaço de “morte certa” representou, não só um ambiente de separação, como a disposição higienista entre “limpo e sujo”, carregando em seu traçado arquitetônico, importantes fontes de compreensão da arquitetura assistencial. Neste estudo, busca-se trazer à tona os documentos escritos e iconográficos que proporcionem o entendimento de seus funcionamentos e o papel deste para a assistência às epidemias na cidade de Belém.

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