Abstract
Objetivo: entender o impacto da pandemia na saúde mental e no comportamento dos idosos por meio da análise dos efeitos da pandemia sobre a saúde mental, a automedicação e o uso de tecnologias. Métodos: foi feito um estudo de campo qualitativo, com abordagem direta, aleatória, não intencional, mediante entrevistas semiestruturadas, realizadas de forma on-line ou presencial no campus de Taguatinga da Universidade Católica de Brasília. Utilizou-se um questionário com perguntas objetivas e subjetivas acerca do tema proposto. A posterior análise estatística foi feita com o software IRAMUTEQ, mediante testes de Qui-Quadrado para os questionários, com análise do conteúdo de Bardin. Resultados: participaram da pesquisa 171 idosos, com idade prevalente de 60 a 65 anos; 70,2% eram mulheres e 29,8% eram homens. Do total, 82,5% afirmaram nunca terem ido a sessões de terapia antes da pandemia, enquanto apenas 17,5% relataram tal hábito. Além disso, 83% afirmaram fazer uso de medicamentos diários, enquanto 17% negaram essa prática. No que diz respeito à tecnologia, 98,2% confirmaram o uso diário de dispositivos tecnológicos, e apenas 1,75% negaram. Com o software utilizado, as entrevistas foram divididas em cinco classes: isolamento social: solidão e saúde mental; mudança de hábitos diários; utilização da tecnologia durante o isolamento social; aceitação ou medo do envelhecimento; e saúde mental relacionada à percepção de morte. Conclusão: a pesquisa concluiu que há uma relação entre doenças crônicas e distúrbios psiquiátricos em idosos, com agravamento da saúde mental durante período da pandemia, recusa à terapia, aumento significativo da automedicação e aumento do uso da tecnologia.
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