Abstract

Este artigo tem por objetivo abordar o caso de duas árvores da cidade de Juiz de Fora, que foram declaradas imunes ao corte como amostra das políticas públicas de preservação da vegetação urbana, visando revelar qual sua contribuição para a vida urbana, incluindo os aspectos simbólicos e afetivos de sua relação com os habitantes. Adota-se o estudo de caso como eixo metodológico, com viés qualitativo, recorrendo à pesquisa bibliográfica de estudos dedicados ao conceito de paisagem afetiva, ao Código Florestal (2012) e aos decretos municipais que concedem imunidade ao corte a determinadas árvores na localidade. Aliandotal esforço à coleta de dados por meio de imagens fotográficas e de satélite, foi possível verificar o estado de conservação das árvores imunes ao corte, suas condições de plantio, cuidados e integração com o entorno, observando o grau de sucesso das políticas públicas de proteção às espécies nativas e exóticas que aqui se encontram. Conclui-se que os esforços de avaliação de árvores potenciais candidatas à imunidade ao corte em Juiz de Fora contemplam pouco os elementos afetivos e simbólicos das relações entre as árvores e a população, o que resulta na seleção de exemplares com pouca interação sócio-histórica com a população do entorno e da cidade.

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