Abstract

Resumo Introdução: O transplante de rim de doador vivo é considerado a terapia renal substitutiva ideal por oferecer menor taxa de complicações e possibilitar uma resposta eficiente à grande demanda por enxertos no sistema de saúde. A seleção criteriosa e o acompanhamento adequado dos doadores constituem um pilar fundamental dessa modalidade terapêutica, sendo essencial a identificação dos indivíduos em maior risco de disfunção renal pós-nefrectomia. Objetivo: Identificar fatores de risco para uma Taxa de Compensação (TC) da função renal inferior a 70% 12 meses após a nefrectomia. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e longitudinal conduzido com doadores de rim vivo acompanhados no Hospital Regional do Baixo Amazonas entre 2016 e 2022. Foram coletados dados correspondentes a variáveis sociodemográficas, comorbidades e parâmetros de função renal. Resultados: Foram incluídos 32 pacientes na amostra final. Destes, 14 (43,75%) obtiveram TC < 70% 12 meses após a doação. A regressão logística identificou a obesidade (Odds Ratio [IC95%]: 10.6 [1.7–65.2]), albuminúria (Odds Ratio [IC95%]: 2.41 [1.2–4.84]) e proteinúria (Odds Ratio [IC95%]: 1.14 [1.03–1.25]) como fatores de risco. A taxa de filtração glomerular atuou como fator de proteção (Odds Ratio [IC95%]: 0.92 [0.85–0.99]). Conclusão: Obesidade, albuminúria e proteinúria demonstraram impacto negativo na taxa de compensação renal em curto prazo, o que reitera a necessidade de estudos acerca das implicações prognósticas desses fatores. Além disso, reforça-se a necessidade de avaliação cuidadosa e individualizada dos possíveis doadores, com acompanhamento rigoroso, especialmente para indivíduos de maior risco.

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