Abstract

Objetivou-se avaliar a resistência natural de nove madeiras do semi-árido brasileiro a fungos xilófagos, em condições de laboratório. As madeiras estudadas foram a algaroba (Prosopis juliflora), o angico (Anadenanthera macrocarpa), a aroeira (Myracrodruon urundeuva), a braúna (Schinopsis brasiliensis), a cássia (Senna siamea), a craibeira (Tabebuia aurea), o cumaru (Amburana cearensis), o ipê (Tabebuia impetiginosa) e o pereiro (Aspidosperma pyrifolium). De cada espécie foram retirados corpos-de-prova de 2,54 x 2,00 x 1,00 cm, com a maior dimensão na direção das fibras, em quatro posições na direção medula-casca. As amostras foram submetidas, por 14 semanas, à ação dos fungos Postia placenta e Neolentinus lepideus. A resistência natural, com exceção da algaroba e do angico (P. placenta), da craibeira (N. lepideus) e da cássia (P. placenta e N. lepideus), foi afetada pela posição na direção medula-casca, sem estar relacionada à densidade das madeiras ensaiadas. A madeira de ipê e a madeira de cerne da aroeira e braúna foram as mais resistentes aos fungos testados. As diferenças entre a resistência natural, exceto para a aroeira e braúna, não estavam associadas à concentração de extrativos solúveis em água quente.

Highlights

  • The objective of this research was to evaluate the natural resistance of nine semi arid region Brazilian woods to wood-destroying fungi under laboratory conditions

  • Para testar a resistência das madeiras foram empregados os fungos Postia placenta e Neolentinus lepideus, que depois de bem desenvolvidos nos frascos foram adicionados aos corpos-de-prova, esterilizados sob as condições descritas, à razão de quatro amostras por frasco

  • Com o intuito de detectar, de modo mais acurado, as diferenças existentes entre as espécies e as posições na direção medula-casca, em virtude da ampla variação dos valores utilizados para classificação da resistência natural da madeira (ASTM D - 2017, 1994) (Quadro 2), os dados de perda de massa foram analisados estatisticamente e utilizaram-se as informações da densidade da madeira e do teor de extrativo para auxiliarem nas interpretações dos resultados

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Summary

INTRODUÇÃO

O semi-árido brasileiro abrange uma área de 1.150.662 km, que corresponde a 74,30% da Região Nordeste e a 13.52% da superfície do Brasil Em algumas espécies há grande diferença, quanto à resistência natural, entre as madeiras do cerne interno e externo. Nem todas as espécies apresentam este padrão de variação, e em algumas mais duráveis a região próxima à medula é tão resistente quanto à região externa do cerne, enquanto a madeira de alburno é suscetível à deterioração biológica (Findlay, 1985). A diminuição da resistência natural da região externa do cerne em direção à medula parece estar relacionada à gradual conversão dos extrativos tóxicos em compostos de menor toxidez, à medida que a árvore envelhece (Scheffer, 1973; Oliveira et al, 1986). Além da variação dentro da mesma árvore, há registros de grandes diferenças entre a resistência natural de árvores de uma mesma espécie. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a resistência natural de nove madeiras de ocorrência no semiárido brasileiro a fungos xilófagos, em condições de laboratório, e comparar a resistência natural com a densidade das madeiras e com o teor de substâncias extraídas em água quente

Espécies Estudadas
Confecção dos Corpos-de-Prova
Resistência Natural da Madeira a Fungos Xilófagos
Determinação do Teor de Extrativos em Água Quente
Avaliação dos Resultados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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