Abstract

Este artigo propõe uma reflexão acerca da vida e da representação cultural dos marginalizados na obra Capão Pecado, bem como as relações culturais que constitui diálogos conflituosos. O principal foco é apresentar como o romance trabalha a resistência da cultura periférica em um campo de batalha contra a influência de fatores externos à comunidade. Diante disso, objetiva-se, de modo geral, analisar os discursos que se desenvolve ao longo da obra como pontos de resistência à massificação cultural. De modo específico; mostrar como a literatura marginal tem reivindicado um espaço na produção literária que dê voz aos moradores marginalizados, perceber o trabalho discursivo na busca de uma afirmação sociocultural, posto como militância, e evidenciar a luta contra fatores sociais que condicionam a localidade periférica a percorrer a criminalidade. Assim, para o desenvolvimento do presente estudo, a metodologia apresentada compõe uma pesquisa bibliográfica de cunho explicativo, na qual utiliza-se como pressupostos teóricos os postulados Dalcastagné (2007), Tamagnone (2013), Goffman (1985), Fianco (2010), Hall (2006), entre outros. Como resultados obtidos, constatou-se que a obra apresenta um aparato discursivo que reflete sobre as condições que enquadra a vida dos moradores de periferia a uma realidade cotidiana, na qual a criminalidade se constitui com um produto cultural de pobreza ao lado da cultura do hip-hop, ao mesmo tempo que essas localidades buscam seus direitos e sua singularidade, sobre constante luta as influências externas que tende ao apagamento de sua subjetividade através da alienação cultural.

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