Abstract

<p>O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa, realizada em duas cidades de médio porte do estado de São Paulo, cujo objetivo foi identificar e analisar processos protetivos associados à resiliência. Os participantes foram 16 adolescentes, de faixa etária entre 14 e 17 anos, expostos a adversidades. Neste trabalho são apresentados os resultados referentes a quatro adolescentes com deficiência física ou auditiva incluídos em escolas regulares. Foi realizado um estudo exploratório, incluindo entrevistas semiestruturadas e métodos visuais (fotografias e filmagens do cotidiano), os quais foram analisados segundo a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD). Foram identificados diversos aspectos relativos: 1) aos processos de resiliência dos participantes, associados à qualidade dos relacionamentos interpessoais estabelecidos entre eles, colegas e profissionais da educação, com destaque para os professores intérpretes; 2) ao uso das tecnologias e mídias sociais no favorecimento da comunicação entre eles, amigos e familiares sem deficiência, e 2) às estratégias de enfrentamento da dor e das limitações físicas visando ao bem-estar a médio prazo. Ressalta-se a necessidade de trabalhar em prol do fortalecimento dos adolescentes com deficiência e de auxiliá-los na promoção de seu caminho em direção à inclusão escolar e social, por meio de reflexões sobre o lugar ocupado pelas escolas em suas vidas, o que pode favorecer os processos de resiliência.</p>

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