Abstract
Este trabalho tem como objetivo analisar a reorganização socioeconômica decorrente da inserção do eucalipto (Eucalyptus grandis) no Extremo Sul da Bahia. Para realização dessa análise fez-se um diagnóstico das principais transformações sociais e econômicas decorrentes da implantação do eucalipto na região, por meio de levantamento bibliográfico e de dados socioeconômicos do IBGE, SEI e Atlas de Desenvolvimento Humano do PNUD. Pode-se constatar que a inserção do eucalipto na região provocou grande crescimento da participação da Bahia no total das exportações do país, dinamizando a economia do estado, em especial, a do Extremo Sul, o que pode ser percebido pela elevação do PIB estadual e dos municípios produtores de eucalipto. Quanto à paisagem rural percebe-se uma importante mudança relativa à redução do número de atividades agrícolas e concentração da terra, definindo uma reorganização da estrutura fundiária local. Sob esse novo cenário agrícola observa-se, também, redução no número de empregos gerados no campo, e na participação da agricultura familiar, resultando no aumento da população urbana.
Highlights
Da Bahia tem provocado transformações relevantes no uso da terra, na estrutura social, na organização do espaço regional, na nova lógica de crescimento econômico, que se baseia na apropriação e no consumo da terra, entre outras mudanças
Os procedimentos metodológicos adotados estão descritos resumidamente na Figura 02
R. Desenvolvimento rural: um estudo sobre a região Extremo Sul da Bahia
Summary
O Extremo Sul da Bahia localiza-se entre as coordenadas geográficas de 15°45’ a 18°30’ de latitude sul e de 30°50’ a 40°40’ de longitude W.Gr, com uma área de aproximadamente 30.420 km, representando 5,42% do total do território estadual, compreendendo vinte e um municípios (CENTRO DE ESTATÍSTICAS E INFORMAÇÕES – CEI, 1992). A região é composta por 21 municípios: Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Eunápolis, Guaratinga, Ibirapuan, Itabela, Itagimirim, ltapebi, ltamarajú, ltanhém, Jucuruçu, Lagedão, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas e Vereda. Foram considerados nesta pesquisa os municípios de: Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Eunápolis, Itabela, Itamaraju, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália e Teixeira de Freitas, vide Figura 01. Para verificar as transformações econômicas ocorridas analisou-se a estrutura fundiária da região, utilizando-se como referência o número e a área de estabelecimentos rurais do período entre 1970-1995/ 96, dos Censos Agropecuários divulgados pelo IBGE, a produção de celulose em toneladas no período de 1990-2004 e o PIB municipal de 1999 e 2003
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