Abstract

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi descrever a relação entre competência funcional da memória episódica e fatores associados à independência de idosos saudáveis do município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, descritivo e exploratório em que 60 idosos saudáveis compuseram a amostra final. Para avaliar a capacidade funcional, foram utilizadas as escalas de Katz e de Lawton & Brody. A memória episódica foi avaliada utilizando-se teste de West & Thorn, validado e adaptado para a população brasileira por Yassuda, Lasca e Neri em 2005. A análise estatística foi realizada por meio do software estatístico Sphinx Léxica e Eureka, versão 5.0. RESULTADOS: Foi encontrada associação estatisticamente significante entre escolaridade e desempenho em tarefa de memória episódica e entre esta e três itens da escala de avaliação das atividades instrumentais de vida diária, embora inconclusiva. CONCLUSÕES: Acredita-se que esses resultados se devam ao fato de existir muitas diferenças entre os estudos com relação à metodologia empregada e a escolha dos instrumentos que avaliam tanto a memória episódica, quanto a capacidade funcional de idosos. Além disso, a hipótese de que no envelhecimento saudável existe uma capacidade de, frente às perdas graduais na memória episódica, compensá-las utilizando outras estratégias e recursos, deve receber atenção de futuras pesquisas.

Highlights

  • Maciel & Guerra[16] encontraram, por sua vez, prevalência de incapacidade funcional de 13,2% pela escala de Katz e de 52,6% na escala de Lawton & Brody na amostra estudada

  • Foi encontrada associação entre memória episódica e três atividades instrumentais de vida diária (arrumar a casa, fazer compras e sair de casa sozinho usando um transporte público não adaptado), que é inconclusiva quanto à participação da memória episódica na capacidade funcional e vice-versa

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Summary

Introduction

Sabe-se também que, no envelhecimento saudável, a memória implícita é a última a ser afetada.[4] Dessa forma, torna-se importante investigar os fatores associados a esta perda, como forma de compreender sua relação com a qualidade de vida e a independência dos idosos para realizar suas atividades rotineiras. Os autores justificaram esse achado pela baixa capacidade funcional dos idosos no início da internação, o que não foi corroborado pelo presente estudo, em que todos os idosos foram classificados como independentes tanto para as atividades básicas, quanto para as instrumentais de vida diária.

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