Abstract
A recente publicação do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) recupera algumas discussões temáticas vinculadas à atuação política de influentes atores e instituições sociais no período histórico que abrange o golpe de Estado de 1964 e os anos de ditadura militar. O Relatório Final concede destaque à Igreja Católica, mas considera contraditória a atuação política desta instituição eclesiástica diante da ruptura institucional e vigência do regime de exceção. A proposta deste artigo é problematizar alguns aspectos teóricos e analíticos subjacentes à produção de pesquisas acadêmicas sobre o catolicismo contemporâneo, com a finalidade de reavaliar a trajetória política da Igreja Católica no Brasil, com ênfase em explicitar as relações Igreja-Estado, no período de vigência da ditadura militar (1964-1985).
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