Abstract

Este trabalho apresenta algumas discussões recentes levantadas pela teoria crítica feminista, que contribuem para problematizar a objetividade científica da psicologia. Denuncia-se, primeiramente, falsa neutralidade de gênero que, embutida na ideia de um ser humano genérico, conduz a uma necessária revisão de conceitos supostamente universais. Um desses conceitos é aquele de justiça, que permeia estudos sobre moral em psicologia do desenvolvimento. Ao mesmo tempo, discute-se a predominância de determinado gênero nas universidades, instituindo e legitimando experiências específicas no processo de construção de conhecimentos na área. Exploram-se artigos de autoras feministas identificadas com o campo teórico-crítico, com foco na questão da identidade, bem como nas implicações políticas das concepções de linguagem envolvidas em suas posições. Por fim, dialogando-se com autores da primeira geração da escola de Frankfurt, propõe-se a consideração da dialética entre conceito e experiência para a construção de novos saberes e estratégias visando à igualdade de gênero. Espera-se mostrar que a crítica feminista atingiu pilares importantes da psicologia, que, como ciência, não pode permanecer inerte frente aos desafios que lhe vêm sendo colocados. Os diversos campos da psicologia precisam se mobilizar na construção de estratégias emancipatórias, capazes de assegurar a própria validade dos conhecimentos produzidos pela área.

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