Abstract
Em 2017, a lei nº 13.415 foi publicada orientando mudanças que deveriam ser colocadas em curso no ensino médio no Brasil. O objetivo deste artigo é identificar de que modo participantes de uma audiência pública negociam discursivamente seus próprios interesses. Como resultado, observa-se que há uma dinâmica argumentativa de estudantes e professores que tentam desconstruir a hegemonia. Esta pesquisa tem como proposta teórica-metodológica a análise do discurso crítica, a teoria da mercantilização de Fairclough, e algumas pesquisas sobre políticas educacionais brasileiras. O corpus deste artigo é analisado pelo método sincrônico-diacrônico de análise linguística de Pardo.
Highlights
In 2017, the law 13.415 was published guiding changes that must be put in course in high school in Brazil
The aim of this study is to identify how participants of public hearings discursively negotiate these interests
Cadernos de Educação, v. 38, n. 43, 2011, p. 43-67
Summary
As/os estudantes foram o público alvo da campanha publicitária sobre o novo ensino médio que foi ao ar, em rede nacional, no ano de 2016 anunciando frases tais como: “Acesse o site e participe das. Em entrevista cedida para o site da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANDEP), a professora da Universidade Federal do Paraná, Mônica Ribeiro (2017), que também participou da audiência pública, afirmou que não apenas a necessidade de ampliação do acesso coloca o ensino médio no centro das discussões, mas também a qualidade do ensino que é oferecido e as condições de oferta muito desiguais. Observa-se que de um lado há o governo com uma proposta para o ensino médio que altera a carga horária para tempo integral e confere liberdade de escolha à/ao aluna/o sobre suas áreas de interesse, propondo a opção de ensino técnico preparatório para o mercado de trabalho, dentre outras medidas. Temos estudantes e professoras/es que questionam essa medida, sustentando que ela não as/os privilegia, não privilegia a escola pública e não modifica o que há de mais grave no ensino, inclusive promovendo ainda maior exclusão de estudantes que precisam estudar à noite, por exemplo
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