Abstract

Este estudo utiliza o curta-metragem Vida Maria (Ramos & Ramos, 2006), como uma importante oportunidade para aprofundar a discussão sobre escolaridade, trabalho e gênero nas histórias de vida de meninas e mulheres. Este estudo faz a reflexão sobre o filme na perspectiva da educação sempre negada e por isso das condições sempre renovadas da vida e do trabalho subalterno, busca-se estabelecer o contraponto com a realidade de mulheres estudantes de cursos técnicos que tiveram experiências similares às de Maria José em sua infância e que, de alguma forma, procuram superar esse círculo vicioso de miséria e submissão, entre outros fatores, por conta do acesso à formação profissional. Como modalidade de pesquisa optou-se por estudo exploratório e qualitativo realizado em uma escola técnica federal com discentes do curso técnico em administração. Os dados empíricos foram levantados por meio de grupo focal. A experiência vivida pelas alunas foi analisada buscando-se as convergências, divergências e ou idiossincrasias da aproximação entre ciência e arte por meio do curta-metragem “Vida Maria” em diálogo com a literatura. Os resultados apontam que a história de “Maria” está longe de ser apenas mais uma ficção, eles retratam a verdade, a realidade vivida por essas mulheres nos dias atuais.

Highlights

  • O curta-metragem de animação Vida Maria, com pouco mais de oito minutos, mostra ciclos de vida aos quais muitas vezes as meninas e as mulheres pobres vivem

  • This study uses the short film Vida Maria (Ramos & Ramos, 2006) as an important opportunity to deepen the discussion about schooling, work and gender in the life histories of girls and women

  • This study makes the reflection about the film in the perspective of education always denied and of the ever renewed conditions of life and subordinate work, we seek to establish the counterpoint with the reality of women students of technical courses who had experiences similar to those of Mary José in his childhood and who, somehow, seek to overcome this vicious circle of misery and submission, among other factors, due to access to vocational training

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Summary

Introdução

O curta-metragem de animação Vida Maria, com pouco mais de oito minutos, mostra ciclos de vida aos quais muitas vezes as meninas e as mulheres pobres vivem. Como um registro da memória familiar e coletiva, aparecem os nomes escritos de Maria da Conceição, Maria do Carmo, Maria de Fátima, Maria das Dores, da própria Maria José e sua filha Maria de Lurdes que também precisará abandonar o sonho da escola pela realidade do trabalho doméstico e do campo, pelo romance que chega tão cedo na presença dos Antônio, dos José e tantos outros jovens homens com trajetórias sertanejas similares. Além da reflexão sobre o curtametragem na perspectiva da educação sempre negada e por isso mesmo das sempre renovadas condições de vida e de trabalho subalternas, busca-se estabelecer o contraponto com a realidade de mulheres estudantes de cursos técnicos que tiveram experiências similares às de Maria José em sua infância e que, de alguma forma, procuram superar esse círculo vicioso de miséria e submissão, entre outros fatores, por conta do acesso à formação profissional. São filhas de mulheres trabalhadoras do campo ou da cidade, nordestinas ou não, de mães quase sempre analfabetas que as inspiraram a buscar trajetórias de mulheres escolarizadas e, espera-se, com melhores perspectivas

Fundamentação teórica
Metodologia
Análise e discussão dos resultados
Considerações finais
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