Abstract

Este artigo se propõe refletir sobre a filosofia na educação escolar, sua metodologia se baseando na Teórica Crítica de Theodor Adorno e M. Horkheimer, que é usada na construção de uma tecedura expositiva em que os endereços históricos do ensino da filosofia são trazidos como pontos de apoio para fazer emergir as fissuras de contradição envolvendo a relação entre o conhecimento de filosofia e o espaço dado à mesma na educação formal brasileira. Seu objetivo é problematizar o horizonte desse ensino de filosofia fazendo uso de sua historicidade no exercício do pensar elucidativo. Por isso, os pontos de contradição trazidos pela análise histórica endereçadora da relação tempo-espaço e modelação dos elementos identificativos do ensino da filosofia nos servem como fios condutores que tornam razoável a visibilização desse horizonte em suas lacunas potenciais. A conclusão desse artigo, coerente com seu ponto de apoio metodológico, não preconiza uma fórmula de salvação, pelo contrário, ela pressupõe tornar audível uma voz encarnada de várias vozes sobre o tema ensino da filosofia como componente curricular, acreditando que o diálogo aberto já faz parte do próprio exercício filosófico de pensar a si mesmo como conteúdo escolar necessário para um projeto coletivo de sociedade democrática.

Highlights

  • This paper proposes an analysis about philosophy in school education

  • Notemos que a mediação entre o sentido formativo político e de aprendizagem expõe uma abertura de onde se pode escapar o não-heteronômico filosófico, ao tornar o produto da filosofia um processo filosófico e expor para o professor-filósofo que mesmo a identidade epistêmica da filosofia e o formato do seu ensino se fazem dentro de um confronto entre os elementos formativos reprodutores do princípio de dominação do humano instituído por uma vivência dominadora provinda da dor do se sentir coletivamente sobre o jugo de uma natureza desumana

  • O que podemos indicar como pontos norteadores são princípios qualitativos vinculados a uma ação didática-filosófica que impõe um se relacionar com a vida em seu estado de existente, incomodando-se diante dos elementos identificativos que entulham os lugares de vida e que, no ato do próprio viver em estado de experienciação profunda, se mostram em suas inexistências concretas

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Summary

Maria Clara Pereira Santos

RESUMO: Este artigo se propõe refletir sobre a filosofia na educação escolar. Sua metodologia se baseia na Teoria Crítica de Theodor Adorno e M. Nosso objetivo é problematizar o horizonte desse ensino de filosofia fazendo uso de sua historicidade no exercício do pensar elucidativo. Os pontos de contradição trazidos pela análise histórica endereçadora da relação tempo-espaço e da modelação dos elementos identificativos do ensino da filosofia nos servem como fios condutores que tornam razoável a visibilização desse horizonte em suas lacunas potenciais. A conclusão desse artigo, coerente com seu ponto de apoio metodológico, não preconiza uma fórmula de salvação, pelo contrário, ela pressupõe tornar audível uma voz encarnada de várias vozes sobre o tema do ensino da filosofia como componente curricular, acreditando que o diálogo aberto já faz parte do próprio exercício filosófico de pensar a si mesmo como conteúdo escolar necessário para um projeto coletivo de sociedade democrática.

Compreendendo as potencialidades do ensino da Filosofia
Os espaços de deslocamento dos sentidos opressivos do ensino da Filosofia
Considerações finais
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