Abstract

A obra fotográfica de Francesca Woodman surge integrada numa geração estadunidense de fotógrafas, ainda imbuídas do espírito da segunda vaga feminista, nos anos setenta, da qual fazem parte Ana Mendieta e Cindy Sherman, entre outras. Para além da evidente qualidade estética, a obra de Woodman é profundamente questionadora dos papéis de género, que tende a inverter e a rasurar nas suas fotografias sempre de modo pertinente. Neste sentido, são particularmente significativos os seus tableaux vivants fotográficos, nos quais recria quadros célebres do cânone artístico mundial e de passagens bíblicas, questionando assim, nas suas recriações, não só as noções de género, mas também a própria validade da historiografia artística oficial, dominada pelo ponto de vista masculino. Simultaneamente, as suas fotografias configuram um mundo pós-apocalíptico e propõem uma utopia de índole feminista como resposta. Pretendo analisar com detalhe os elementos referidos.

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