Abstract
O artigo resulta de estudo de caso em escola pública de Ensino Médio no Rio de Janeiro. No texto, contextualizamos a educação de jovens frente às mudanças societárias. Aplicamos questionário e realizamos entrevistas individuais e em grupos com professores e estudantes. Buscou-se compreender a presença das redes sociais de internet (RSI) no cotidiano escolar. Os dados permitiram ampliar a compreensão sobre as múltiplas interações, convergências e conflitos entre os sujeitos da escola a partir das mediações dessas redes. Encontramos movimentos diferenciados de interação entre professores e estudantes e distintos níveis de habilidades docentes e discentes. Frente às redes sociais, professores expressam práticas que ainda não lograram se constituir numa reconfiguração do Projeto Político Pedagógico da escola investigada.
Highlights
Numa busca por perceber a medida da prioridade do acesso às redes sociais, perguntamos: “Quando você liga o computador, qual é a primeira coisa que faz na internet?” Mais da metade dos estudantes acessam as redes sociais na internet como primeira ação do dia (55,4%)
Quando se pergunta quanto tempo acessam as redes sociais, 35,1% apontaram que http://www.perspectiva.ufsc.br permanecem ligados em tais redes mais de horas, o que praticamente faz coincidir com as supostas horas diárias de utilização da internet
“espaços-tempos das redes sociais de internet”, sem desconsiderar os alertas dos jovens estudantes de que não lhes interessa que o ciberespaço se escolarize em demasia
Summary
Resumo O artigo resulta de estudo de caso que utilizou dupla abordagem metodológica, quantitativa e qualitativa, em escola pública de Ensino Médio no Rio de Janeiro.[1]. Encontra-se em jogo a própria produção de sentidos de presença na escola e a razão de ser estudante para jovens que, em grande medida, estabelecem a comparação entre as tramas multidirecionais, ágeis e dinâmicas das redes sociais e as hierárquicas relações e lentas formas de aprender e se relacionar que se cristalizaram na forma escolar. A multiplicidade de experiências escolares encontra-se referida aos modos de ser e existir de adolescentes que possuem http://www.perspectiva.ufsc.br fortes laços identitários nas esferas do lazer e do consumo e no caso dos jovens de classes populares também pelo mundo do trabalho. É possível dizer que uma das mais importantes tarefas das escolas é contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas próprias trajetórias pessoais e isso inclui o desafio da construção pessoal e coletiva de conhecimentos significativos
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