Abstract

Este artigo apresenta uma revisão crítica da literatura a respeito das redes sociais de apoio no contexto do desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo, centrada na abordagem do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano, a qual aborda a influência de ambientes externos como contexto para o desenvolvimento. Realizou-se o levantamento bibliográfico nas bases de dados Portal da Capes, MedLine, Lilacs e SciELO, por meio de descritores pré-estabelecidos. Dentre 137 trabalhos, apenas 39 referiam-se à temática proposta, e apenas um relacionou prematuridade e modelo bioecológico. Os resultados apontam a importância do apoio de pessoas significativas e dos programas de acompanhamento de crianças que nascem pré-termo e de suas famílias, o que remete, respectivamente, à rede social pessoal e institucional. Ressalta-se a implementação das políticas de saúde que planejam as ações na saúde perinatal e na área da infância a partir da perspectiva das redes sociais de apoio como estratégia de cuidado.

Highlights

  • This article presents a critical review of the literature related to social support networks in the context of the development of children born pre-term

  • The results highlight the importance of support from significant people and of the monitoring programs for children born preterm and their families, referring to the personal and institutional social network, respectively

  • The importance of the implementation of health policies in which actions are planned in the perinatal and childhood health area is noteworthy from the perspective of social support networks as a care strategy

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Summary

Redes sociais de apoio

Pensar uma sociedade sob a perspectiva das redes é concebê-la na sua mais ampla interdependência, o que vai ao encontro do Modelo Bioecológico, que postula as interconexões entre os diversos ambientes. A rede social é a melhor metáfora que representa esse modelo, pois reconhece a interação entre diferentes setores e suas práticas e permite a reflexão sobre a cultura na qual se está imerso (Dabas, 2000). Os primeiros trabalhos sobre redes foram desenvolvidos na década de 1960, nos Estados 250 Unidos, em comunidades menos privilegiadas na área de saúde mental, pois o problema que as pessoas viviam não podia ser dissociado do contexto mais amplo das suas relações (Sluzki, 1997). O nascimento de um bebê pré-termo e sua internação numa UTI neonatal configuram-se, especialmente, uma situação de crise, com repercussões sobre todo o grupo familiar que podem comprometer o estabelecimento dos vínculos afetivos e os cuidados destinados ao bebê, bem como a trajetória de seu desenvolvimento (Custódio, 2010; Linhares, 2002). No entanto, focará a rede pessoal e institucional no contexto do desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo

Rede social pessoal
Rede social institucional
Considerações Finais
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