Abstract

Ao compreender o crescente número da população carcerária e, por consequência, o envolvimento de familiares com esse sistema, o presente trabalho busca explorar as percepções de mulheres em situação conjugal com apenados sobre sua rede de apoio social e afetiva. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa exploratória-descritiva com mulheres de apenados em um Centro de Reintegração Social do estado do Rio Grande do Sul. Os instrumentos de coleta foram o questionário sociodemográfico e o roteiro de entrevista semiestruturada, ambos elaborados pelas pesquisadoras. Para a compreensão dos dados foi utilizada a Análise Temática. Participaram do estudo seis mulheres, entre 33 e 58 anos. Observou-se que essas mulheres percebem suas redes sociais e afetivas como pequenas e, majoritariamente, formada por outras mulheres que as cercam, possuindo principalmente as funções de apoio social e guia cognitivo, embora haja a flutuação por todos os papéis. No entanto, essas redes ainda são percebidas como precárias pela discriminação, vergonha e sobrecarga de papéis assumidos. Salientamos a importância de fornecer visibilidade para essas mulheres que estão também em uma situação de vulnerabilidade psicossocial.

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