Abstract

This essay aims to reflect on an afroreferenced writing of Brazilian history, based on Afro-Atlantic narratives, stressing and analysing perspectives proposed by two Afro-Brazilian intellectuals: Mãe Beata de Yemonjá and Beatriz Nascimento. For this, the discussions about blackness, racism and aphrodiasporic inheritances in Brazil will be taken as references, such as carried out by them, as well as their trajectories of anti-racist/anti-sexist militancy and affirmation of black African identity. From this perspective, we defend the importance of re-ori-enting the debate about the history of race relations in Brazil and criticizing the hegemonic perspectives of Brazilian historiography, essential to reaffirm the commitment to an anti-racist/anti-sexist/anti-classist education.

Highlights

  • This essay aims to reflect on an afroreferenced writing of Brazilian history, based on Afro-Atlantic narratives, stressing and analysing perspectives proposed by two Afro-Brazilian intellectuals: Mãe Beata de Yemonjá and Beatriz Nascimento

  • Defendemos la importancia de re-ori-entar el debate sobre la historia de las relaciones raciales en Brasil y de criticar las perspectivas hegemónicas de la historiografía brasileña, fundamentales para reafirmar el compromiso con una educación antirracista/antissexista/anticlasista

  • 34 Set - Nov 2020, p.841-863 mensagem-e-a-comunicacao-a-oralitura-de-mae-beata-de-yemonja-pedro-henrique-souza-dasilva Acesso em: 5 mai

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Summary

PRIMEIRAS PALAVRAS

O fato de se chamarem Beatriz jamais poderia ser a única coincidência que marca a vida de duas mulheres negras, nordestinas e periféricas, que migraram para o Rio de Janeiro. Em artigo publicado em 1974, na Revista de Cultura Vozes, intitulado Por uma história do homem negro, Beatriz Nascimento criticaria a academia por não estudar a história da população negra no Brasil para além do âmbito dos estudos etnográficos da escravidão, focados no “escravo” como categoria de análise naturalizada. Contra os processos de racialização que instituem a diferença epidérmica como estratégia de desumanização, esses grupos reafirmam sua agência e identidade ancestral, por meio das quais são ressaltados os vínculos inextrincáveis entre indivíduo e comunidade, nutridos pela força vital da coletividade, do respeito a tudo o que é e da memória – fundamentais para a manutenção das tradições e dos valores oralmente cultivados e compartilhados.

RESISTÊNCIAS TRANÇADAS EM MEMÓRIAS DE LUTAS
São Paulo
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