Abstract

As histórias de vida dos sertanejos que participam do vídeo Sertão-Brasília e as dos seus filhos e netos residentes em Brasília denunciam a crise instalada no sertão do Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Ela advém do pacto de modernidade firmado entre Juscelino Kubitchek e o capital financeiro internacional, no início da construção de Brasília. Fundado no paradigma da complexidade de Edgar Morin, nas metáforas do pacto e do namoro extraídas do romance rosiano e nos depoimentos que integram o vídeo, este artigo aponta a cultura sertaneja como fonte de possibilidades para saída do pacto, reorganização do sistema Sertão- Brasília e reconquista da sustentabilidade.

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