Abstract

O trabalho evidencia a estreita relação entre a noção de vazio e a temática do feminino teorizada pela psicanálise. Para tanto, aborda alguns textos de Clarice Lispector tendo como fio condutor as análises que o crítico literário Raúl Antelo faz de alguns de seus textos. Pretende-se evidenciar que, para Antelo, a obra de Clarice é uma escritura órfica, que salva seu objeto na medida em que renuncia a ele. Em Clarice, o texto é tomado como um fim em si mesmo, que surge a partir de uma potência criativa, uma posição subjetiva que ao invés de procurar suturar o vazio de sentido, busca tomá-lo como impulso para transfigurar o que na vida escapa ao sentido, celebrando uma ética de orientação trágica que a impele a criação de novos sentidos.

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