Abstract

A Carta Guarani Kaiowá faz parte de um conjunto de reflexões que os povos indígenas vêm elaborando sobre a legislação indigenista brasileira, dado o impacto que essa legislação impõe sobre suas vidas cotidianas. Entre os muitos modos de atuação política que sujeitos, povos e organizações indígenas vêm elaborando nos últimos 500 anos, a Carta Guarani Kaiowá reescreve o texto jurídico para desvelar sua intenção: ela devolve ao Governo e à Justiça do Brasil a imagem de si mesmos, como operadores do genocídio. Publicada em 2012 no site do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ganhou rápida repercussão, tendo sido interpretada por parte da sociedade como ameaça de "suicídio coletivo", interpretação que desconsidera seus termos. Longe de representar desistência da vida ou ameaça de "suicídio coletivo", a Carta implica uma defesa radical da vida, expressa na noção de tekoha.

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