Abstract

Neste artigo propõe-se uma leitura histórica do romance O mulato (1881), de Aluísio Azevedo. A metodologia adotada é o contextualismo: analisamos a primeira edição do romance em meio ao contexto coevo de discussões entre os periódicos maranhenses O Pensador e Civilização, respectivamente, órgãos de imprensa do círculo intelectual de Aluísio e do clero local. Procuramos demonstrar que Aluísio recorreu a alegorias e representações historiográfico-memorialísticas para construir a semântica sociorracial do romance e dialogou com os intelectuais da sua época, posicionando-se contra as teses de degeneração racial dos mestiços e favoráveis à ideologia do branqueamento racial.

Highlights

  • The article proposes a historical reading of the novel O mulato (1881) by Aluísio Azevedo

  • Abusca do sentido histórico das transformações ocorridas na sociedade brasileira em romances consagrados de nossa literatura não é recente

  • A proposta de exegese de romances portadores de interpretações sociológicas dos significados mais gerais da vida social de uma época torna-se ainda mais factível quando o tempo e o espaço ficcional coincidem com os do autor

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Summary

Introduction

The article proposes a historical reading of the novel O mulato (1881) by Aluísio Azevedo. O diálogo com a obra de John Gledson e de outros críticos da produção machadiana que aproximaram crítica literária e história foi um dos alicerces da leitura de Chalhoub, bem como o “estofo da história”, isto é, um longo lastro de pesquisa sobre a escravidão na segunda metade do século XIX (Cf. CHALHOUB, 2003).

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