Abstract

Este artigo pretende analisar as relações intertextuais e a alteridade nos romances The Ship of Fools (1962) da escritora americana Katherine Anne Porter e Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato (2016) da autora portuguesa Ana Margarida de Carvalho. Partindo de uma abordagem comparatista, com o intuito de analisar semelhanças no seio das diferenças, recorrendo aos contributos teóricos de Tiphaine Samoyault, Ingedore Koch, Paul Voestermans, entre outros, discutiremos o modo como a intertextualidade se assume como porta de entrada na alteridade – elemento fulcral nos dois romances. Com efeito, em ambas as obras, num ambiente de confinamento claustrofóbico, os olhares hostis de desconfiança lançados ao “outro” revelam preconceitos conducentes à injustiça e à discriminação social. Em ambos os casos, “a mesa do capitão” simboliza um estatuto privilegiado, acessível apenas a uma elite minoritária. Por fim, abordaremos a forma como a alteridade confere sentido às inter-relações estabelecidas nas duas obras, sublinhando uma visão pessimista da natureza humana, de inegável atualidade, que nos faz refletir no modo como em pleno século XXI, numa sociedade globalizada, percebemos e (con)vivemos com o “outro”.

Highlights

  • You Can't Live in the Eyes of a Cat

  • how intertextuality becomes an entrance into alterity

  • reveal the prejudices that lead to injustice

Read more

Summary

Introduction

This article aims to analyse the intertextual relations and the alterity in the novels The Ship of Fools (1962) by the American writer Katherine Anne Porter and Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato [You Can’t Live in the Eyes of a Cat] (2016) by the Portuguese author Ana Margarida de Carvalho.

Objectives
Results
Conclusion
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call