Abstract
O presente artigo apresenta um relato de experiência a partir da pedagogia performativa (Garoian, 1999) nomeado como: A professora está presente, no intuito de propor uma reperformance (Fornaciari, 2010) baseada no trabalho de Marina Abramovic, intitulado: A artista está presente. A proposta é parte das tentativas de elaboração de um planejamento pedagógico que se distancie das práticas de docilização dos corpos no ambiente escolar, e é parte da trajetória da investigação sobre outros modos de experienciar o corpo e a sala de aula como lugar de criação. Neste recorte, foi proposto uma síntese sobre a pedagogia performativa e sobre os estudos da educadora Rachel (2014) nas escolas que atua em São Paulo. Na sequência, apresenta-se uma análise da vivência, junto com os relatos dos estudantes e da própria experiência, tratando-se da teoria da performance como entrelugar entre arte e escola, aluno e professor. Ainda, com a expectativa de aproximar esses estatutos e a performance, optou-se pelo conceito do limiar (Garoian, 1999), as questões da performance conforme Schechner (2011) e aspectos considerados na abordagem da arte disturbacional (Danto, 2014). Este relato visa problematizar a escola como lugar disciplinarizante (Foucault, 1987) a fim de contribuir com um debate sobre as práticas do ensino em artes tendo em vista a pedagogia performativa.
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