Abstract
Esse artigo tem como objetivo demonstrar que a obra Quarto de Despejo é um testemunho de uma existência condenada. Em um primeiro momento explica-se o que vem a ser a existência condenada a partir de uma crítica decolonial à ontologia fenomenológico-existencial de Heidegger e Sartre. Para tanto, recorre-se a autores do chamado pensamento decolonial latino-americano que adotam uma perspectiva de análise ontológica, mas ao mesmo tempo crítica ao eurocentrismo tradicional. Em um segundo momento, demonstra-se a articulação da narrativa de Carolina Maria de Jesus na obra Quarto de Despejo e a existência condenada conforme trabalhado na sessão anterior. Conclui-se que a fenomenologia-existencial, desde que descolonizada, pode contribuir para um melhor entendimento do mundo popular e subalterno latinoamericano que tem como traço característico e distinto à Europa a vivência da opressão pela via étnico-racial.
Highlights
This article aims to demonstrate that the book Quarto de Despejo is a testimony to a condemned existence
what comes to the existence ordered from a colonialist critique
that adopt a perspective of ontological analysis
Summary
This article aims to demonstrate that the book Quarto de Despejo is a testimony to a condemned existence. A morte não é, para Carolina, em consonância com a proposta de compreensão do ser colonizado de Maldonado-Torres (2007), algo distante que está no fundo do horizonte existencial, mas sempre presente na possibilidade do suicídio.
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