Abstract

Este artigo apresenta o desenvolvimento da etiologia das doenças mentais no projeto crítico de Immanuel Kant. Desenvolvimento que produziu uma revisão de suas noções inicias de loucura e de metafísica, que teve como desfecho a identificação de um tipo de ilusão que chamou transcendental. Sustentada na analogia entre loucura e metafísica, sua crítica indicou não só os limites do conhecimento, mas também da sanidade mental, ou seja, ao revelar a potência patológica da razão revelou que não se pode conhecer tudo na mesma proporção em que não se pode ser mentalmente saudável. Derivando a loucura de um conflito da razão consigo mesma, foi na razão e seu funcionamento, mais do que no corpo, que a loucura encontrou sua morada, o que repercutiu no deslocamento do prestígio inicial concedido à medicina na etiologia e no tratamento da loucura, concedendo-o à filosofia. Em adição, obstaculizou seu projeto iluminista de progresso social.

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