Abstract

OBJETIVO: Descrever a percepção que as mulheres mastectomizadas e àquelas submetidas à cirurgia conservadora têm sobre sua qualidade de vida.MÉTODOS: Estudo descritivo que adotou o instrumento Functional Assessment of Cancer Therapy-Fatigue (FACT-F) para investigar a qualidade de vida de 20 mulheres com câncer de mama submetidas à intervenção cirúrgica. Os resultados foram apresentados por meio de estatística descritiva. Na análise dos resultados, foram comparados os resultados encontrados e as informações presentes na literatura científica.RESULTADOS: A média de idade entre as mulheres mastectomizadas foi de 52±10 anos e, das submetidas a cirurgia conservadora, de 50±8 anos. A maior parte era do lar ou aposentada (60%), casada (75%) e com um ou dois filhos (65%). Predominou entre as participantes a escolaridade de ensino médio (35%). Os valores médios do FACT-F evidenciaram a tendência para qualidade de vida satisfatória para os dois grupos de mulheres. O domínio bem-estar social foi o mais comprometido entre as mulheres que conservaram a mama e o bem-estar emocional obteve o melhor resultado. Já para as mulheres que retiraram a mama, o domínio bem-estar social foi o mais positivo e o bem-estar funcional o menos favorável. A fadiga esteve mais presente entre as mulheres submetidas a retirada da mama.CONCLUSÕES: Os resultados do estudo sugerem que o câncer de mama tem diferentes implicações na qualidade de vida da mulher.

Highlights

  • Entretanto, apesar da qualidade de vida global apresentar decréscimo mais acentuado entre as participantes submetidas à mastectomia, quando se observa ambos os grupos, constata-se que a maior parte dos valores médios encontrados para cada domínio do questionário Functional Assessment of Cancer Therapy-Fatigue (FACT-F) apresentou maior aproximação à amplitude máxima

  • O estudo de Mendes et al (2017), ao investigar a qualidade de vida entre mulheres de duas cidades no interior paulistano submetidas à mastectomia e cirurgia conservadora da mama após o diagnóstico de câncer, concluiu que em ambas situações não houve diferença estatística em relação à qualidade de vida dessas mulheres

  • A fadiga foi identificada como o segundo principal sintoma em ambos os grupos, sendo que as mulheres mastectomizadas apresentaram pior resultado nesse domínio em relação as mulheres que fizeram a cirurgia conservadora

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Summary

Introduction

Entretanto, apesar da qualidade de vida global apresentar decréscimo mais acentuado entre as participantes submetidas à mastectomia, quando se observa ambos os grupos, constata-se que a maior parte dos valores médios encontrados para cada domínio do questionário FACT-F apresentou maior aproximação à amplitude máxima. O estudo de Huguet et al (2009), ao investigar 110 mulheres com câncer de mama submetidas a tratamento cirúrgico no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher em Campinas/SP, evidenciou que a qualidade de vida não sofreu influência significativa sobre os domínios físico, psicológico e relações sociais quando analisados por faixa etária, nível de escolaridade, tipo de cirurgia, tempo decorrido desde a cirurgia e renda.

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