Abstract
O objetivo foi avaliar os refl exos da colheita de madeira com o uso da motosserra e das propriedades físicas do solo em duas áreas destinadas à reforma de povoamentos de eucalipto. O estudo foi conduzido na Fazenda Água Limpa (FAL), pertence à Universidade de Brasília (UnB). Foram escolhidas duas áreas a serem submetidas ao processo de reforma. A área 1 (AR1) foi colhida em 2010 e a área 2 (AR2) foi colhida em 2004 e abandonada para regeneração. Na AR2 a altura dos tocos estava fora dos padrões técnicos recomendados (< 5 cm), o que impossibilita a entrada dos implementos fl orestais para o preparo do solo. Foi realizado um inventário e determinado o rendimento e os custos operacionais de rebaixamento desses tocos. Tanto na AR1 quanto na AR2 os parâmetros resistência à penetração, densidade e umidade higroscópica do solo foram determinados. As amostras de solo foram caracterizadas como altamente plásticas, com comportamento argiloso laterítico. Os valores máximos de RP concentraram-se nas profundidades de solo de 25 até 35 cm e houve pouca variação na densidade do solo entre as duas áreas, com valores próximos a 1000 kg m-3. Na AR2 o volume de madeira desperdiçado na forma de tocos foi de aproximadamente 13,70 m³/ha, sendo necessárias 16,7 horas para rebaixar um hectare, a um custo de R$ 492,48 ha-1.
Highlights
The objective of this study was to evaluate the consequences of timber harvesting with the use of chainsaws and the physical properties of soil in two regrowth eucalyptus stands
Area 1 (AR1) e area 2 (AR2) estão localizadas no mesmo sítio, sendo ambos os solos classificados pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006) como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico
Ressalta-se que o volume dos tocos era bem superior ao da AR2, pois eram referentes a florestas de eucalipto com produtividade superior a 380 m3 ha-1 (7 anos)
Summary
O estudo foi realizado na Fazenda Água Limpa (FAL), pertence à Universidade de Brasília (UnB). Os resultados obtidos em impactos.dm-1 foram convertidos para resistência do solo à penetração (RP), por meio da seguinte equação proposta por Stolf (1991), modificada para a altura de queda de 19,6 cm e área da ponteira de 1,27 cm2:. Para a determinação da área seccional média (gm), o diâmetro (D) foi mensurado no meio do toco com auxílio de uma suta, e empregou-se a seguinte expressão:. Foi realizado um estudo de tempos e movimentos, onde o tempo dos elementos do ciclo operacional, registrados com o auxílio de um cronômetro sexagesimal, marca ULTRAK 480, foram os seguintes: (a) tempo efetivamente de trabalho (rebaixamento com motosserra e deslocamento ao próximo toco); e (b) tempo de interrupções (reabastecimento, afiação da corrente e problemas técnicos). As seguintes premissas foram adotadas para o cálculo dos custos operacionais: (a) valor de aquisição da motosserra (R$ 2.800,00); (b) valor de revenda (R$ 280,00); (c) taxas de juros (12 % ao ano) e seguros (4 % ao ano); (d) vida útil estimada (5 anos); (e) horas de tralhado (8 horas dia-1, durante 300 dias ano-1); (f) combustível (R$ 3,20 L-1 e consumo de 1,77 Lh-1); (g) óleo lubrificante (R$ 2,15 L-1 e consumo de 0,99 Lh-1); (h) manutenção e reparos (R$ 1,25 h-1); (i) EPI’s (R$0,28 h-1); (j) materiais auxiliares - sabre, corrente e limas (R$ 0,32 h-1); e (k) mão de obra operacional (salário do operador de R$ 935,00 mês-1 + encargos e despesas socais)
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