Abstract

A ditadura brasileira foi “vendida” como um “produto” palatável. O artigo analisa um conjunto de filmetes de um minuto produzidos pela Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República (Aerp), órgão de propaganda criado pelo regime em 1968. O recorte temático é o Sesquicentenário da Independência do Brasil, comemorado em 1972. O objetivo é examinar como a Aerp forjou um patriotismo alusivo, edulcorado, usando técnicas publicitárias e contratando produtoras e agências do mercado criativo. O método vem do campo História e Audiovisual, articulando análise fílmica e fontes extrafílmicas sobre as instâncias de arquivamento, produção e circulação dos filmetes. Conclui-se que os negócios entre Aerp e setor criativo privado promoveram uma passagem da propaganda oficial (dos velhos cinejornais) para a publicidade oficial (afinada com o desenvolvimentismo autoritário).

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