Abstract

Resumo O presente ensaio pretende discutir alguns caminhos para o trabalho de psicanalistas diante de situações de violência e de violações de direitos, na escuta de sujeitos que passam por experiências traumáticas. Para isso, apresenta a relação entre trauma e temporalidade, e discorre sobre os desafios transferenciais da escuta nessas condições. As reflexões propostas partem da experiência com o projeto Casa dos Cata-Ventos, uma estratégia de atenção à infância e à adolescência ancorada na ética psicanalítica. É apresentada uma discussão acerca do método de trabalho desenvolvido, o qual se propõe a operar com o tempo em sua rearticulação. Destaca-se que tais estratégias construídas possibilitam a criação de um tempo narrativo, em que se pode falar e historicizar o que se viveu e, assim, oferecer um contraponto à temporalidade do trauma.

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