Abstract

As relações entre Brasil e França quanto às dimensões de consideração sobre o racismo são semelhantes. No Brasil o mito da democracia racial impediu a percepção das injustiças e desigualdades pautadas na dimensão racializada. Na França o mesmo acontece com o mito da Republica – igualdade, liberdade e fraternidade. Porém estas insígnias são para os franceses não negros. A psicologia brasileira e a produção em saúde mental na França possuem suas diferenças. No Brasil o alheamento dos psicólogos na dimensão das relações étnicas é emblemático em pleno século 21. Na França, as discussões de Lacan sobre a psicanalise promoveram a expansão do campo psicológico a desbravar a dimensão étnica considerando Frantz Fanon e outros na compreensão do sofrimento psíquico e as relações étnicas na contemporaneidade. Neste mundo globalizado, com fluxos migratórios constantes, a discussão étnica é pauta primeira para a contemporaneidade. Lembrando que as populações negras, neste contexto, são as mais violentadas. Seja na Europa, nas Américas (Norte e Sul) e na África, as experiências da vivência da diáspora africana trazem experiências importantes para serem compartilhadas. Abordar parte destas imbricações e reflexões sobre os avanços e limites da psicologia no Brasil e na França no campo das relações étnicas e as relações com a atualidade nacional e global é o objetivo deste texto.

Highlights

  • A psicologia brasileira inaugura-se no período da colonização e aborda dentre outras questões a natureza psicológica sobre o papel da mulher na sociedade 2

  • In Brazil the myth of racial democracy prevented the perception of injustices and inequalities based on the racialized dimension

  • In France the same thing happens with the myth of the Republic equality, freedom and fraternity

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Summary

Introduction

A psicologia brasileira inaugura-se no período da colonização e aborda dentre outras questões a natureza psicológica sobre o papel da mulher na sociedade 2. Excluir, negar a cultura, e maltratar o valor da população negra para a formação do país por parte destes fundadores da psicologia foi o marco exaltado e reverenciado pelos psicólogos brasileiros em pleno inicio do século XXI, por seu órgão máximo de representação profissional, o Odeere: Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade – UESB.

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