Abstract

A proposta deste artigo é apresentar uma reflexão sobre a experiência do Festival Igarapé Bem Temperado, entendendo-a como parte do mosaico de culturas e tradições de Minas Gerais, do Brasil e de um conjunto de movimentos para preservação do patrimônio cultural do estado. O reconhecimento de expressões locais, a valorização de experiências e saberes femininos relativos a conhecimentos ancestrais com foco na segurança alimentar, assim como a possibilidade tanto de resgatar identidades como de desenvolvimento econômico sustentável, constituem elementos centrais na análise. Trata-se também de investigar as diferentes formas pelas quais as tradições culinárias são ressignificadas, fazendo sentido para os grupos que as reafirmam, ao mesmo tempo que são manipuladas no bojo da reconstrução permanente do “tradicional e típico” mineiro. Mário de Andrade, Eric Hobsbawm, Carlos Dória e Marcelo Bastos, entre outros autores foram chamados ao diálogo numa tentativa de compreender a dinâmica cultural e política desse jogo de identidades e tradições mineiras.

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