Abstract

Este artigo tem por objetivo investigar a construção da identidade dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços em ambientes produtivos diversificados. Parte-se do pressuposto de que a identidade do sujeito individual ou coletivo é socialmente construída em dado contexto sócio-histórico, estando sujeita a contínuas transformações oriundas da relação dialética entre objetividade e subjetividade. Adotase uma postura teórico-metodológica interpretativa buscando compreenderpor meio de treze entrevistas semiestruturadas, à luz da Análise do Discurso, como os trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços de controle de qualidade de Belo Horizonte constroem sua identidade. Percebe-se no discurso um forte desejo dos trabalhadores de fazer parte do quadro de trabalhadores efetivos da empresa contratante e a presença de várias representações negativas sobre o trabalho terceirizado, já que eles se sentem discriminados e excluídos pelos trabalhadores efetivos. A relação dos trabalhadores terceirizados com os trabalhadores efetivos pode ser vista como um campo de forças em que cada sujeito busca exercer o poder e demarcar politicamente o seu espaço.

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