Abstract

O estudo de caso é um método recomendado para pesquisas que requerem análise aprofundada do objeto de estudo, com muitos elementos e categorias envolvidas. Já a pesquisa-ação pressupõe uma prática, uma intervenção no contexto estudado para resolver determinado problema. Usualmente, encontramos a classificação equivocada desses métodos ou uma mistura de suas definições. Afinal, quais são suas principais características? Por que são confundidos? O que possuem de semelhança e diferença? Para responder essas questões, analisamos esses métodos a partir de pesquisa bibliográfica, elaborando um quadro comparativo que permitiu constatar semelhanças e distinções entre ambos. Entre as diferenças, destacam-se os objetivos de cada método, o papel do pesquisador, as abordagens de tema, problema e objeto de estudo, e as relações com demais atores ou contexto de estudo. As etapas para sua condução são distintas, assim como a articulação entre teoria e prática. Considerando que as características identificadas em cada método, assim como suas relações, tiveram referenciais teóricos como fonte de pesquisa, entendemos que a contribuição deste artigo está na possibilidade de explorarmos, a partir dele, a prática e as percepções de pesquisadores no que diz respeito a sua aplicação. Desse modo poderíamos contribuir para superar algumas das controvérsias em torno da identidade de cada método. Além disso, consideramos que o esforço empreendido para entender suas semelhanças e distinções pode contribuir para definições metodológicas mais sólidas e coerentes na produção científica, quando se busca o alinhamento entre os propósitos da pesquisa e os melhores caminhos epistemológico-técnicos para desvendar o fenômeno a ser explorado.

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