Abstract
Este estudo objetivou propor um protocolo para avaliação de boas práticas de manejo (BPM) na piscicultura. Para tanto, criou-se um protocolo inicial por meio de levantamento bibliográfico, observações em campo e entrevistas com piscicultores acerca do manejo em 32 pisciculturas comerciais no estado do Pará, para determinar os pontos passíveis de intervenções de baixa complexidade e custo reduzido. Posteriormente, foram definidos 21 procedimentos para compor o protocolo com as seguintes etapas: transporte, povoamento, biometria, manejo alimentar, qualidade da água e despesca. Para utilização, cada empreendimento deve ter seus procedimentos pontuados em 0 (zero), quando não cumpre o padrão estabelecido, ou 1 (um), quando cumpre. A soma das médias das respostas em cada etapa indica o grau de adequação do empreendimento em: pouco adequada (0 a 2), potencialmente adequada (2,1 a 4) ou adequada (4,1 a 6). Espera-se que o protocolo sugerido auxilie piscicultores na adoção de boas práticas de manejo, contribuindo para melhorar a adequação de seus empreendimentos.
Highlights
O protocolo de boas práticas de manejo (BPM) para a piscicultura foi criado por meio de um levantamento bibliográfico sobre as atividades de rotina com risco potencial em piscicultura, tais como: (i) transporte, (ii) povoamento, (iii) biometria, (iv) manejo alimentar, (v) qualidade da água e (vi) despesca
This paper aimed to propose a protocol for good management practices (GMP) evaluation in fish farming
An initial protocol was created through bibliographic survey, field observations and interviews with fish farmers about management of 32 commercial fish farms in the state of Pará, to determine the susceptible points to interventions to low complexity and low-cost
Summary
A piscicultura é a atividade agropecuária que trata da criação de peixes e, nos últimos anos, assumiu papel de destaque devido aos resultados obtidos. Essa atividade tem estado diante do constante desafio de moldar sua racionalidade, implicando em adoção de procedimentos e tecnologias que propiciem uma atividade cada vez mais harmônica e duradoura, objetivando sempre a rentabilidade e qualidade do produto (Fao, 2016; Valle, et al, 2018). A adoção de BPM na piscicultura possibilita o alcance destes objetivos por meio da minimização de riscos com a otimização das atividades rotineiras do empreendimento, tais como: cuidados com manejo e dieta animal, monitoramento da qualidade de água, biometria periódica, povoamento adequado, transporte, entre outros. O objetivo deste trabalho foi propor um protocolo para avaliação de BPM na piscicultura, estudo de caso realizado em empreendimentos no estado do Pará
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