Abstract

Analisamos a presença Protestante no Brasil, bem como a constituição de um setor Protestante Ecumênico no País, que se desenvolveu na segunda metade do século XX, vinculado ao Conselho Mundial de Igrejas e com uma proposta inovadora de diálogo respeitoso com as demais religiões. Foram motivados por um discurso teológico que condenava as práticas fundamentalistas e conservadoras, majoritárias entre os evangélicos. Desenvolveram projetos sociais que visavam resolver os candentes e seculares problemas sociais do País, a exemplo da Comissão Ecumênica de Direitos a Terra, que dialogou com a Comissão Pastoral da Terra, de orientação católica. Com a Ditadura Militar, instalada no Brasil em 1964, os evangélicos ecumênicos opositores do regime militar foram perseguidos, mas resistiram formando Comités de Defesa dos Direitos Humanos e o Projeto Brasil Nunca Mais, participaram ativamente do processo de redemocratização nacional.

Highlights

  • We intend to analyze the Protestantism and Constitution of an Ecumenical Protestant sector in Brazil, which was developed in the second half of the 20th century

  • É possível identificarse, pelo menos, quatro tendências: uma começada na Alemanha com Lutero e que se difundiu posteriormente na Escandinávia; a liderada por Calvino e Zwinglio que se desenvolveu na Suíça, França e Escócia; a terceira tendência, denominada radical ou anabatista, dirigida principalmente por Thomas Muntzer, que se difundiu na Alemanha e na Suíça de língua alemã; a quarta tendência foi a anglicana, ocorrida basicamente na Inglaterra e que recebeu a influência dos ideais reformistas do continente

  • Os princípios básicos da teologia reformada eram: salvação pela graça de Deus; a fé como forma de atingir a salvação, mediada exclusivamente por Jesus Cristo; a Bíblia como norma de fé e prática, e o sacerdócio universal dos cristãos, que podem chegar a Deus sem intermediação de terceiros, ou da igreja, como pensavam os católicos

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Summary

Elizete da Silva*

Resumo: Analisamos a presença Protestante no Brasil, bem como a constituição de um setor Protestante Ecumênico no País, que se desenvolveu na segunda metade do século XX, vinculado ao Conselho Mundial de Igrejas e com uma proposta inovadora de diálogo respeitoso com as demais religiões. Foram motivados por um discurso teológico que condenava as práticas fundamentalistas e conservadoras, majoritárias entre os evangélicos. Desenvolveram projetos sociais que visavam resolver os candentes e seculares problemas sociais do País, a exemplo da Comissão Ecumênica de Direitos a Terra, que dialogou com a Comissão Pastoral da Terra, de orientação católica. Com a Ditadura Militar, instalada no Brasil em 1964, os evangélicos ecumênicos opositores do regime militar foram perseguidos, mas resistiram formando Comités de Defesa dos Direitos Humanos e o Projeto Brasil Nunca Mais, participaram ativamente do processo de redemocratização nacional. Revista Esboços, Florianópolis, v. 24, n. 37, p.126-148, ago. 2017

Reformados em Terras Católicas
Projetos de resistência contra a ditadura
Considerações finais
Notas de Fim
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