Abstract

A identificação das práticas de gestão dos espaços florestais pelos seus proprietários é fundamental para compreender a evolução das funções ambientais e socioeconómicas desses mesmos espaços. Dos resultados de um conjunto de inquéritos a proprietários florestais, realizados em diferentes momentos e regiões, privilegiamos três vertentes de análise: a resposta de gestão dos proprietários ao risco de incêndio; a mudança e diversidade de práticas de gestão de eucaliptais; e a disponibilidade dos proprietários para a coordenação da gestão à escala da paisagem. Nas conclusões destacamos, em primeiro, que a não realização de intervenções de redução de combustível não é sinónimo de não gestão ou abandono, e pode corresponder a uma estratégia de minimização do risco económico, quando o rendimento expectável não cobre o custo dessas intervenções. Em segundo, a alteração das condições gerais de produção e o aumento da diversidade dos povoamentos de eucalipto, que acompanhou a expansão de área, favorece a diferenciação da rentabilidade e o consequente aumento da carga combustível nas situações mais marginais. Por último, ainda que haja disponibilidade e até mobilização dos proprietários para a gestão coordenada, a sua implementação está dependente da continuidade de objetivos e apoios financeiros das políticas.

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