Abstract

Este trabalho insere-se na área de Fonética e de Fonologia, mais especificamente na discussão acerca da palatalização do /S/ pós-vocálico. A pesquisa dedica-se ao estudo da fala da comunidade de São José do Mipibu, de onde foram selecionados quatro colaboradores subagrupados conforme o sexo (dois homens e duas mulheres), a idade (dois de faixa etária mais jovem e dois de faixa etária mais velha) e o nível de escolaridade (dois com ensino superior e dois com ensino básico). A metodologia envolve a coleta de dados a partir de narrativa controlada e de questionário fonético-fonológico. A gravação de voz passou por transcrição fonética de oitiva e por tratamento acústico dos dados. A análise respalda-se nas teorias Geometria de Traços (CLEMENTS; HUME, 1995) e na Sociolinguística (LABOV, 1977). Os resultados obtidos foram: 1. linguisticamente, a palatalização do /S/ nessa comunidade é resultado de um processo dissimilatório motivado pelo Princípio de Contorno Obrigatório; 2. a palatalização é categórica diante das consoantes /t/ e /d/, independentemente de variáveis socioculturais; 3. diante de /n/ e de /l/, há flutuação entre as produções [coronal] e palatal.
 Palavras-Chave: Palatalização; Fonética e Fonologia; Geometria de Traços; Sociolinguística.

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