Abstract

As manifestações gastrointestinais de infeções sexualmente transmissíveis podem não ser precocemente reconhecidas. Perante o aumento dos comportamentos sexuais de risco é imperativo o reconhecimento da proctite infeciosa na prática clínica. Os autores descrevem o caso clínico de um homem de 28 anos, homossexual, com infeção pelo vírus de imunodeficiência adquirida (com contagem de células CD4+ normal), que recorreu por múltiplas vezes ao serviço de urgência por quadro de retorragias e fezes com muco purulento, obstipação com tenesmo, aerocolia intensa e emagrecimento, sem melhoria com tratamento sintomático. A retosigmoidoscopia revelou uma proctite ulcerativa severa, com achados inespecíficos na histologia. A pesquisa de DNA do vírus Epstein-Barr e citomegalovírus em biópsia subsequente foi positiva, pelo que iniciou terapêutica dirigida, com melhoria paulatina do quadro clínico e endoscópico. Este caso realça a complexidade do diagnóstico da proctite infeciosa e alerta para a possível coexistência de múltiplos agentes transmitidos sexualmente. 
 Recebido: 21/05/2016 - Aceite: 05/06/2016

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call