Abstract

A camomila [Chamomilla recutita (L.) Rauschert] é uma planta de clima temperado e foi introduzida no Brasil pelos imigrantes europeus há mais de cem anos, e hoje a sua produção está concentrada na região metropolitana de Curitiba, Estado do Paraná. O Município de Mandirituba, na média dos últimos seis anos, apresenta-se como o maior produtor de camomila do país. A cultura da camomila necessita de estudos profundos para a solução de problemas tecnológicos e de mercado. Com o objetivo de estudar o processo de produção agrícola da cultura da camomila no Município de Mandirituba realizou-se esta pesquisa. O estudo do processo produtivo foi realizado pela aplicação de um instrumento de avaliação a um grupo de 52,5% dos produtores de camomila do Município de Mandirituba buscando detectar os possíveis estrangulamentos existentes no processo. As variáveis analisadas foram procedência das sementes, área semeada, época de semeadura, preparo do solo, sistema de semeadura, sucessão de culturas, tratos culturais (poda, controle de plantas daninhas, adubação de cobertura e controle de doenças e pragas), mão de obra, colheita, produtividade, custo de implantação, processos de pós-colheita, armazenamento, comercialização e pontos de estrangulamentos. Foi calculada a estatística descritiva para a variável contínua e quando se tratou de variáveis categóricas ou de classes, foram calculadas as freqüências e respectivas porcentagens. Para a variável produtividade foi calculada a média aritmética e respectivo intervalo de confiança ao nível de 5% de probabilidade. A despesa operacional por hectare foi organizada na forma de extratos de despesa, assim como o preço de venda de acordo com a classificação do produto. A produtividade média obtida na pesquisa foi de 430,1 kg/ha e a comercialização é realizada de forma individual. Complementarmente ao estudo do processo produtivo da cultura da camomila em Mandirituba instalou-se um experimento, a campo, em junho de 1999, no Município de Mandirituba, com o objetivo de estudar a influência da adubação nitrogenada e potássica na produtividade, avaliando o rendimento em óleo essencial e em produção de capítulos florais, altura da planta, a incidência da doença fúngica “mancha marrom” e o número de capítulos florais abertos e fechados. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com vinte tratamentos e três repetições. Os tratamentos constaram do arranjo fatorial de cinco doses de nitrogênio (0, 50, 100, 150 e 200 kg de N/ha) na forma de uréia e quatro doses de potássio (0, 60, 120 e 180 kg de K2O/ha) na forma de cloreto de potássio combinadas entre si. A variável produtividade de capítulos florais para a primeira colheita respondeu significativamente ao fator nitrogênio e potássio. Não observou-se relação entre as doses de nitrogênio e potássio na incidência da doença “mancha marrom” para as condições deste experimento tanto na primeira como na segunda colheita.

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