Abstract

Introdução: O câncer de colo uterino é causado pela infecção persistente por algumas cepas oncogênicas do Papiloma Vírus Humano. Ele acontece devido ao crescimento anormal de células que possuem a capacidade de invadir localmente e metastatizar à distância. O câncer cervical é o terceiro tumor mais frequente entre as mulheres e a quarta maior causa de morte por câncer nesta população. Por isso, o exame citopatológico de colo de útero mostra-se fundamental no rastreamento e diagnóstico precoce desta patologia, evitando, assim, que essa assuma um papel metastático. Objetivo: Determinar as prevalências da realização do exame citopatológico do colo uterino nos anos de 2007 e 2013, em todas regiões do Brasil, e compará-las. Métodos: O delineamento do estudo é do tipo transversal descritivo, com base em dados secundários da Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico(VIGITEL) dos anos de 2007 e 2013. O objetivo do VIGITEL é monitorar a frequência e distribuição dos principais determinantes das doenças crônicas não-transmissíveis por inquérito telefônico. Esse questionário é realizado anualmente desde o ano de 2006 e, a partir de 2007, foram incluídas perguntas sobre prevenção de câncer, sendo os dados 2013 os últimos disponíveis até o momento. Essa pesquisa é realizada com maiores de 18 anos residentes das 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O desfecho do presente estudo compreendeu a realização ou não do exame preventivo do câncer de colo uterino em algum momento da vida e nos últimos 3 anos, sendo incluídas as mulheres entre 25 e 64 anos. No ano de 2007 foram entrevistas 32704 mulheres e em 2013, 32653. Esses dados foram agrupados segundo ano e região para posterior análise. Resultados: Em 2007, do total de brasileiras entrevistadas, 84,67% responderam já ter realizado o exame de rastreio para câncer de colo uterino, enquanto 79,81% afirmaram tê-lo realizado nos últimos três anos. Por regiões, a Região Sul se destacou com percentuais de 92,85% e 88,21%, para as mesmas variáveis. A Região Nordeste teve as piores taxas do país, com 80,12% e 75%, respectivamente. A Região Sudeste apresentou altos índices, próximos ao Sul. O Centro-Oeste ficou em terceiro, superando Região Norte. Em 2013, 85,61% das mulheres afirmaram já ter realizado o exame de rastreamento em algum momento da vida, e 80,68% responderam estar em dia com o exame. Por regiões, a Região Sul foi quem se destacou, com 92,75% das mulheres já tendo realizado o exame em algum momento e 87,81% estando em dia com o Papanicolau. A Região Nordeste teve o pior desempenho, com 80,8% e 75,59%, respectivamente. Ainda, o Centro-Oeste foi suplantado pelo Norte, após melhora discreta deste último em relação à 2007. Discussão/Conclusão: As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste mantiveram-se com altas taxas de realização do exame, semelhante a de países desenvolvidos. Em 2007, a região Norte que estava abaixo da cobertura de 80% estipulada pela OMS conseguiu, em 2013, suplantá-la. Já o Nordeste, teve um ligeiro aumento; no entanto, permanece aquém dessa meta. Com isso, conclui-se que o Brasil, de uma maneira geral, tem aumentado a cobertura do rastreamento, ultrapassando, em 2013, a meta dessa Organização.

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