Abstract
Resumo Este artigo propõe considerar a cena da infância em Mário de Andrade a partir de dois níveis ou esferas de atuação distintos: por um lado, em sua intervenção político-cultural e, por outro, em sua produção literária. Em ambos os níveis, examina-se uma política da estética: uma conjunção de preocupações sociais e raciais e reflexões estéticas em torno da infância. Em seus múltiplos níveis estético-políticos, a infância em Mário de Andrade revela a marca do excluído, reconfigura os modos de perceber o social, e se orienta à transformação das hierarquias estéticas e da representação.
Highlights
Este artigo propõe considerar a cena da infância[1] em Mário de Andrade a partir de dois níveis ou esferas de atuação distintos: por um lado, em sua intervenção político-cultural e, por outro, em sua produção literária
A mãe corre para abraçá-lo e chora: a imagem do filho, negligenciado e doente, a faz titubear – deixá-lo novamente com a avó ou levá-lo consigo, mas se convence de que seria impossível continuar com a vida que leva, que seu filho está bem como está e decide ir embora, “para não pensar nele nunca mais”
Paulino encostou a bochecha na palminha da mão e meio enxergando, meio escutando, numa indiferença exausta, ficou assim
Summary
Este artigo propõe considerar a cena da infância[1] em Mário de Andrade a partir de dois níveis ou esferas de atuação distintos: por um lado, em sua intervenção político-cultural e, por outro, em sua produção literária. O conto viria a ser uma reparação simbólica do abandono que sofre a criança, denúncia e impugnação do desamparo por parte da mãe, que se convence de que está bem como está e decide partir para não pensar nele nunca mais.
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