Abstract

Resumo Dentre as várias fontes de inspiração mobilizadas por Roberto Schwarz ao longo de sua trajetória, salta aos olhos a ausência de Antonio Gramsci, intelectual italiano responsável por uma reflexão acurada — ainda que fragmentada — sobre o problema do funcionamento do mundo intelectual e das ideias em países periféricos, questão que, como sabemos, atravessa o pensamento do crítico brasileiro. Partindo desta aproximação geral, a ser elaborada nos seus argumentos mais circunstanciados nos três primeiros tópicos, o artigo desenvolve — nas duas últimas seções — hipótese sobre os condicionantes intelectuais e políticos que, no Brasil dos anos 1970 e 1980, explicariam o desinteresse de Schwarz pelo pensamento de Gramsci, reticência que não anula, porém, as afinidades até aqui inauditas entre ambas as articulações entre ideias, nação e classe em contextos periféricos.

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