Abstract
A partir de reflexão sobre a imagem fotográfica no fotojornalismo moderno, busca-se pensar seu papel na contemporaneidade. O trabalho produzido pela fotógrafa Lee Miller na Segunda Guerra, é assunto nesta reflexão. Ela produz um fotojornalismo que pode ser chamado de “menor” – no sentido forte do termo proposto por Deleuze e Guattari (1997), uma prática que se assume como ficção e construtora da realidade retratada. A partir de inspiração Barthesiana e contribuições teóricas de Foucault, buscar-se-á indicar a presença dessa fotografia “menor” no fotojornalismo contemporâneo.
Highlights
Ana Gruszynski | Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil Felipe da Costa Trotta | Universidade Federal de Pernambuco, Brasil Rose Melo Rocha | Escola Superior de Propaganda e Marketing, Brasil
É a partir do final do século XIX até meados dos anos 30 que a fotografia faz sua entrada na imprensa de modo progressivo e massivo
Podemos ver uma objetividade menor, no sentido de que permite brechas para interpretações não tão condicionadas à sua referencialidade, mas que provocam outras buscas de sentido
Summary
A proposta deste estudo coloca-se como a de pensar a imagem fotográfica jornalística, em seu compromisso com a representação objetiva de um dado contexto histórico, cultural e geográfico sem olvidar e sublinhar sua dimensão ficcional e construtora da realidade recortada. Foucault se faz presente através de seu conceito de formação/prática discursiva, que nos serve para pensar o fotojornalismo (sua institucionalização) enquanto tal. É tributária de sua natureza técnica, ser possível pensar a fotografia (jornalística) de seu processo automático, baseado na física como uma prática discursiva, visto que “um e na química, na ausência da mão do artista no determinado enunciador é assim constituído processo de produção da imagem, substituída pela configuração de modalidades enunciativas pela neutralidade da máquina fotográfica. Essas imagens, para aparecerem, como afirma Pires, referido acima, editor de fotografia do jornal Folha de São Paulo, vão sofrer as injunções do meio: “Como os canais de distribuição estão sempre dependendo de fatores econômicos, eles se apropriam da imagem fotográfica, tirando vantagem de sua dimensão polissêmica, fazem com ela aquilo que consideram útil comercialmente”. Ao absolutizarmos a objetividade do texto e da imagem no âmbito do jornalismo, corremos o risco da não-informação, de manipulações e mentiras, que possuem como objetivo servir a interesses mercadológicos e políticos
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