Abstract

 Investigamos em que medida uma teoria do reconhecimento pode auxiliar medidas que justifiquem e avaliem políticas de reconhecimento recíproco, redistribuição e representação destinadas às pessoas com deficiência e às mulheres. Estas pessoas, em suas lutas intersubjetivas e de desigualdades materiais, enfrentam o hibridismo da opressão e da exclusão em dois pontos confluentes: 1) o controle e a estigmatização dos corpos e a 2) baixa representação política nos parlamentos. Nosso objetivo incide em reforçar que o desenvolvimento social justo, igualitário e inclusivo fará sentido quando arquitetado na coletividade e por pessoas marcadas pela diferença que mobilizam intervenções, diálogos, ação política, artísticas culturais para enunciar campos materiais e simbólicos como novas formas de sociabilidades. Concluímos que é imperativo pensar as situações vivenciadas pelas pessoas com deficiência e pelas mulheres de modo multidisciplinar para examinar os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Para além dos debates de desigualdades e de exclusão, que a discussão da integralidade destas pessoas perpasse pelas ideias do reconhecimento recíproco, da redistribuição e da representação política. Trata-se de um estudo teórico que analisa o desenvolvimento social a partir dos eixos da opressão e da exclusão (DUBET, 1987; FRASER, 1995; SANTOS, 1999; GHAI, 2002; ESTIVILL, 2006; SOULET, 2006; PEREIRA, 2007).

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