Abstract

Nas últimas eleições, figuras populistas de extrema direita emergiram ou se fortaleceram em todo o mundo. Sabidamente, nem todos os governos populistas são iguais. Neste artigo procuramos investigar a cultura política e o uso de fake news nas campanhas/governos desses líderes populistas no Brasil, nos EUA e na Hungria. Primeiramente, discutimos o histórico político de cada país, bem como o perfil de seus governantes e o uso de fake news. Em seguida, aliamos a opinião pública e a cultura política da população presentes nos dois últimos anos eleitorais em cada país. Na terceira e última parte, fazemos comparações entre esses três países, observando mudanças no cenário político digital a partir dos índices do V-Dem Institute (Varieties of Democracy) de 2019.

Highlights

  • A eleição de candidatos que basearam suas campanhas e propostas em uma visão de governo para as pessoas reais e contra a elite no governo, vem sendo apontada como uma característica da nova onda de governos populistas

  • Em face de uma das características do populismo ser a centralização da persona do líder, este trabalho também dá ênfase ao comportamento dos eleitos em cada um dos países, nomeadamente Donald Trump (PR), Viktor Orbán (FIDeSz) e Jair Bolsonaro (PSL) e o uso de fake news durante e após as campanhas

  • Algumas características da nova direita emergente no cenário mundial são o discurso antipluralista de combate a questões identitárias; o uso de fake news com a exploração da pós-verdade e combate ao conhecimento científico; o posicionamento anti-establishment como outsiders por meio de narrativas antipolíticas de deslegitimação das instituições; a legitimação do discurso de ódio como liberdade de expressão; a utilização de redes sociais como canais de comunicação e proximidade com a população; uma aproximação com as classes médias e populares; em um discurso meritocrático e individualista (GALLEGO, 2019)

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Summary

A “nova onda” de governos populistas

A eleição de candidatos que basearam suas campanhas e propostas em uma visão de governo para as pessoas reais e contra a elite no governo, vem sendo apontada como uma característica da nova onda de governos populistas. Em face de uma das características do populismo ser a centralização da persona do líder, este trabalho também dá ênfase ao comportamento dos eleitos em cada um dos países, nomeadamente Donald Trump (PR), Viktor Orbán (FIDeSz) e Jair Bolsonaro (PSL) e o uso de fake news durante e após as campanhas. Indicamos haver uma consonância de contextos que possibilitaram a eleição desses líderes, sobretudo no que tange à desconfiança na política e insatisfação generalizada com o sistema político. Advoga-se que se faz necessário levar em conta questões pertinentes à formação histórica de cada um dos países, bem como suas variáveis societais e demográficas para que se tenha uma análise mais acertada

Cenário de crescimento do populismo mundial
Estados Unidos e a cooptação do termo fake news por Trump
A democracia iliberal húngara de Viktor Orbán
Findings
Considerações finais

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