Abstract

O trabalho trata sobre os conflitos e as resistências provocados pela aplicação de políticas públicas de desenvolvimento no território de vida dos pescadores e pescadoras artesanais da Vila do Superagüi. São especificamente, políticas de desenvolvimento referidas à pesca e à aquicultura. Estes pescadores artesanais que já se viram atingidos nos seus territórios pela política de desenvolvimento sustentável através da instalação do Parque Nacional do Superagüi que limita o uso que podem fazer da natureza em terra, sofrem também com as imposições da política de pesca e aquicultura. Os pescadores/as artesanais hoje empurrados a especializar-se na pesca têm conflitos nos seus territórios de vida devido à política de modernização da pesca e da aquicultura que incentiva a pesca industrial, a incorporação de equipamentos modernos e estabelece áreas aquícolas. A leitura da realidade em campo junto a uma leitura do desenvolvimento através de referências do pós-desenvolvimento permite identificar que essa política responde a interesses externos, excluindo os pescadores artesanais, negando seus modos tradicionais de reproduzir a vida, expropriando-os dos territórios que tradicionalmente ocupam e mercantilizando sua vida. Em função desses conflitos, a comunidade cria resistências organizando-se como movimento social, reivindicando assim, seus territórios de vida.

Highlights

  • Políticas de desenvolvimento da pesca e a aquicultura: Conflitos e resistências nos territórios dos pescadores e pescadoras artesanais da Vila do Superagüi, Paraná, Brasil Mercedes Solá Pérez, Jorge Ramón Montenegro Gómez with a reading of the development from references of the post-development shows that those policies are attached to foreign interests, excluding the artisanal fishers, denying their traditional ways of reproducing life, taking away the lands that they traditionally occupy and commodifying their life

  • Nos territórios de dos pescadores e pescadoras artesanais da Vila do Superagüi não somente se realizam as atividades produtivas, mas se reproduz a vida sendo que devido a esses conflitos se vêm afetados os modos de viver específicos e, assim, nega-se a própria vida dessa comunidade

  • Isso provoca uma maior marginalização dos sujeitos que moram no local, já que as áreas de aquicultura estão sendo cedidas a ONGs, ou seja, planejadas como parques aquícolas industriais não somente negando o modo de reprodução do pescador artesanal, mas também piorando as condições de concorrência com o subsetor industrial e promovendo um processo de assalariamento ou expulsão implícita do território dos pescadores do Superagüi

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Summary

Introduction

Políticas de desenvolvimento da pesca e a aquicultura: Conflitos e resistências nos territórios dos pescadores e pescadoras artesanais da Vila do Superagüi, Paraná, Brasil Mercedes Solá Pérez, Jorge Ramón Montenegro Gómez with a reading of the development from references of the post-development shows that those policies are attached to foreign interests, excluding the artisanal fishers, denying their traditional ways of reproducing life, taking away the lands that they traditionally occupy and commodifying their life. Propomos neste texto analisar os conflitos e as resistências que geram a aplicação de políticas públicas de desenvolvimento do setor de pesca e aquicultura no território de vida dos pescadores e pescadoras artesanais da Vila do Superagüi.

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